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Salomão
O rei Salomão foi o terceiro rei de Israel,
filho de Davi e Bate-Seba (2 Samuel 12.24).
O nome Salomão ou Shlomô, deriva da palavra Shalom, que
significa "paz" e tem o significado de "Pacífico". Ele também é chamado de
Jedidias (Amado por Jeová) pelo profeta Natã (2 Samuel 12.24-25).
O rei Salomão governou sobre Israel aproximadamente entre 970 e 930 a. C.. É
conhecido por sua sabedoria, e por ter sido o rei que construiu o primeiro
Templo de Jerusalém.
O nome do rei Salomão aparece cerca de 300 vezes no Antigo Testamento e 12
vezes no Novo Testamento. Depois da citação sobre seu nascimento, volta a
ser mencionado a partir da citação dos últimos dias de vida de Davi.
Hábil conselheiro e grande administrador, construiu o templo de Jerusalém.
Subiu ao trono de Israel quando tinha 20 anos. Herdou de seu pai um extenso
reino que ia do Rio Eufrates, até a fronteira egípcia.
Salomão era reconhecido por sua sabedoria e era respeitado por toda a
região. Até de terras mais distantes vinham nobres e príncipes em busca do
conselho de Salomão. Entre as visitas famosas, conta-se a da rainha de Sabá.
Organizou administrativamente o seu reino. Explorou minas de cobre e sal.
Construiu um porto para comercializar com a Arábia, a Etiópia e a Índia.
Pouco a pouco sua riqueza aumentava.
Apesar dos hebreus considerarem que, sendo Deus onipresente, qualquer lugar
era bom para suas preces, Salomão mandou construir o Templo de Jerusalém,
seguindo a ideia de seu pai.
Estima-se que 1 005 cânticos foram escritos pelo rei Salomão, mas só existe
a certeza quanto aos provérbios que foram recolhidos pela tradição judaica e
que fazem parte do Antigo Testamento.
Com a morte de Salomão aproximadamente em 930 a. C. a nação hebraica se
dividiu em dois reinos: Israel e Judá.
Mesmo antes dos dias que Davi enfrentou a velhice, havia uma luta pelo trono
entre seus filhos. Absalão marcou isso de forma clara, mas acaba morrendo e
não conseguindo lutar pelo trono de fato.
Depois, Adonias, o mais velho dos filhos sobreviventes de Davi (1 Reis
1.5-53) tenta ser o rei, mas o reinado fica mesmo com Salomão. Adonias
conseguiu o apoio de Joabe, ex-general de Davi, e do sacerdote Abiatar, e
tentou de todas as maneiras ocupar o trono de Davi ainda nos últimos dias
dele, fazendo inclusive uma festividade de coroação.
Quando souberam do plano de Adonias, os aliados de Salomão trataram de
trabalhar para que Davi se lembrasse da promessa ainda não cumprida e
revelação da parte do Senhor a respeito de Salomão: que ele seria seu
sucessor (1 Crônicas 22.9-10).
Dessa forma, Davi deu ordens acerca da ascensão de Salomão ao trono, e este
foi coroado rei em Israel, sendo ungido por Zadoque (1 Reis 1.28-40).
O rei Salomão reinou por 40 anos em Israel. Há divergências na contagem
exata, mas entende-se que foi entre 970 e 930 a. C., por volta dessas datas.
Não temos como definir exatamente quanto tempo demorou entre Salomão ser
constituído rei e a morte de Davi, mas acredita-se que não demorou muito
tempo. Antes da sua morte, Davi dá instruções para Salomão, que as seguiu e
agiu em conformidade para solidificar sua posição como rei e desmantelar sua
oposição.
Ainda teve que enfrentar problemas, mas após as mortes de Adonias e Joabe, e
o banimento de Abiatar, Salomão passou a reinar sem essa preocupação de
oposição interna.
O rei Salomão herdou de Davi um extenso território, conquistado e definido
com muita luta e sangue. Durante seu reinado, "substituiu" as antigas
divisões tribais por uma divisão de seu território em 12 distritos
administrativos, os quais cada um possuía um oficial comissionado pelo rei.
Ainda havia divisão entre as tribos, mas com uma nova configuração
administrativa.
Esses distritos tinham a responsabilidade de prover o sustento para corte
durante o ano, sendo então cada distrito responsável pelo suprimento de um
mês. A lista de mantimento era bastante onerosa e pode ser consultada em 1
Reis 4.22-23.
A corte do rei Salomão era bastante completa e organizada, e os seus
auxiliares de governo eram chamados de príncipes. Já no âmbito militar, o
rei Salomão também fez melhorias significativas, uma vez que introduziu
carros de batalha e cavalaria em seu exército. Também construiu novas
estradas e estabeleceu fortalezas de fronteira para guardar as rotas de
comércio.
Mas é sempre importante lembrar que "vinham todos os povos para ouvir sua
sabedoria" e que tratava todos com igualdade. De todos os lugares, até das
terras mais distantes, vinham nobres e príncipes em busca de seus conselhos.
Salomão organizou o país, dividiu em regiões e criou uma rede de
transportes. Na desértica região de Neguev, estabeleceu uma mina de cobre. À
margem do Mar Morto ele explorava sal. Construiu o porto de Asion-Gueber,
próximo de Eliat, para comercializar com a Arábia, a Etiópia e a Índia.
Várias ruínas encontradas por arqueólogos confirmam a passagem de Salomão
nessa região. Isso confirma que a ciência, bem como a história, não estão
"em guerra" com a Bíblia ou se negam. Antes, podem colaborar umas com as
outras!
Salomão tinha um enorme palácio em Jerusalém. Além desse, tinha outros
espaços onde também morava e eram considerados "residência oficial" (para
usar termos que entendemos hoje).
Segundo a Bíblia, "todos os copos do rei eram dourados". Toda a pompa era
ainda pouco para o rei e seu conforto. Mas é claro que isso tinha um preço
pesado para Israel. Havia entendimento por parte do povo, que participava e
via a importância e o resultado. Mas isso nem sempre é totalmente agradável!
"Teve 700 mulheres, desposou filhas de príncipes moabitas, edomitas, hititas
e de outros povos que cercavam Israel e Judá". Apoios, acordos, amores e
tantas coisas envolvendo o reino, para o bem do reino e, claro, para
satisfazer ao monarca.
Agora, a sua grande obra foi a edificação do Templo de Jerusalém, obra
idealizada por seu pai, mas por orientação do Senhor, foi Salomão quem teve
a responsabilidade de executar a obra!
O ponto forte do reinado de Salomão foi a atividade comercial, uma vez que
controlou rotas de comércio e estabeleceu pontos estratégicos de atuação que
lhe renderam muita receita. Isso fez com que a prata se tornasse tão comum
em seu reino quanto à pedra e o cedro, fazendo com que ele vivesse em meio a
um esplendor de riquezas nunca visto antes em Israel.
Tais negociações poderiam fazer com que a riqueza do reino aumentasse e
permitiam mais luxo para o monarca sem tirar tanto do povo, apenas o que
realmente era necessário e combinado. Mesmo assim, o peso de um monarca nem
sempre é agradável ao povo, por mais benfeitorias que sejam realizadas.
Sempre fica a sensação que era possível fazer mais tirando menos do povo.
Mas no caso de Salomão, não havia exagero nem se define erros
administrativos!
Temos a "ilusão" que se um governo é justo, não há problemas para seus
governados. Como princípio, é fato! A Bíblia nos revela isso em provérbios!
Mas ainda assim, umas pessoas passam mais dificuldades que outras e a
unanimidade não é possível. A ideia é pensar "no geral", na maioria, nunca
na totalidade! Por isso, ainda que Salomão possa ser tido como um bom rei, é
claro que não tinha unanimidade!
Salomão conseguiu boa receita através das taxas cobradas das caravanas que
precisavam cruzar seu território. Isso aumentava a riqueza do reino e
permitia mais investimentos!
É claro que ele foi um grande diplomata, e utilizou até mesmo os seus
casamentos para conseguir vantajosos acordos internacionais para sua nação,
garantindo para Israel tranquilidade militar.
Os acordos comerciais envolviam pagamentos, normalmente em materiais, por
parte de Israel e recebimentos de outros materiais. Assim, com essa troca,
as nações se ajudavam e se apoiavam mutuamente, gerando paz e prosperidade
para todos!
Aparentemente, a atuação comercial que trouxe mais lucro para o rei Salomão
foi seu comércio marítimo. Tais viagens poderiam durar até três anos! Mas
rendiam ótimos negócios!
Quando considerada a receita anual proveniente de suas estratégias
comerciais, das taxas que recebia pelo tráfego de mercadorias e dos impostos
que recebia da população presente em todo o território que controlava, a
estimativa da soma atinge um nível excepcional, colocando o rei Salomão como
um dos homens mais ricos de toda a história da humanidade!
Sem sombra de dúvidas, de todas as construções realizadas durante o reinado
do rei Salomão, certamente o Templo em Jerusalém é a mais importante delas.
Conforme a promessa do próprio Deus, o rei Salomão executou o projeto de seu
pai, rei Davi, de construir um Templo para abrigar a Arca da Aliança.
Para obter a mão de obra necessária, o rei Salomão recorria ao trabalho
forçado. Um rei precisa de sabedoria para pesar e apoiar seu povo. Não tem
como apenas só ajudar, nem como ser apenas ajudado. É preciso um "meio
termo" para que tudo possa acontecer!
Mas não cobrou apenas do povo de Israel (1 Reis 9.20-21). Foi sim pesado
para com o povo de Israel como qualquer rei acaba sendo, pois precisa do
povo para se sustentar! Mas trabalhou muito em acordos e com outros povos
pagando tributo para "aliviar" um pouco a carga do povo.
Mas nem todos estavam felizes, é claro. Muitos israelitas tiveram que
trabalhar para o rei de forma forçada e isso foi bastante impopular, fato
que ficou evidenciado no episódio do assassinato de Adonirão, o
superintendente dos grupos de trabalhadores (1 Reis 4.6; 5.13-18; 2 Crônicas
2.17,18). Isso mostra que, mesmo com prosperidade para a Nação, ainda havia
quem não estivesse contente com tudo aquilo, pois para si o peso era maior
que para outros ou desejavam o poder. Na maioria, havia felicidade! Mas
ainda assim, havia quem não estava contente!
O Templo construído por Salomão ficava localizado no Monte Moriá, o mesmo
monte onde Abraão estava pronto para oferecer Isaque ao Senhor. A tradição
judaica lembra ainda de outros eventos importantes relacionados com este
monte, fazendo com que sua importância histórica e espiritual seja muito
grande!
A eira de Araúna, lugar onde o rei Davi havia edificado um altar ao Senhor
(2 Samuel 24.16-25; 1 Crônicas 21:15-25), faz parte do Monte Moriá.
Apesar do Rei Davi ter coletado materiais para a construção do Templo (1
Crônicas 22.2-4), quem teve a autorização para a construção do Templo foi
seu filho, Salomão, iniciando poucos anos depois da morte do pai. Para a
época, o edifício do Templo representava uma construção grande, medindo: 30
metros de comprimento, 10 de largura e 15 metros de altura. Sua construção
durou aproximadamente de sete anos!
Dentre os outros edifícios construídos pelo rei Salomão em Israel, podemos
destacar:
- A casa do bosque do Líbano (1 Reis 7.2);
- Uma sala para seu trono, onde ele realizava os julgamentos (1 Reis 7.7);
- Um pórtico de colunas (1 Reis 7.15-22).
Entre muitas outras obras!
Tanto em 1 Reis 3 como em 2 Crônicas 1 lemos o registro do sonho que o rei
Salomão teve, onde o Senhor lhe apareceu e lhe perguntou o que ele mais
desejava receber. Salomão poderia ter pedido riquezas, longevidade, honra,
ou qualquer coisa que fosse sua ambição pessoal! Porém, o jovem rei pediu
sabedoria, isto é, “um coração compreensivo” para poder governar
prudentemente o seu povo.
Acredito que este pedido deveria nos motivar a buscar a mesma coisa! Não
para governar, mas para ajudar, apoiar e declarar com sabedoria a mensagem
do Senhor em nossos dias. A autoridade que nasce da sabedoria pode
demonstrar um testemunho forte, impactante e duradouro!
Salomão foi considerado o rei de maior sabedoria entre todos. Muitas pessoas
buscavam contato e conselhos com o Rei Salomão, mesmo outras autoridades de
países diferentes. Ele se destacou em seus dias e, ainda que tenha detalhes
no fim da vida que sejam aparentemente constrangedores do ponto de vista
espiritual, ainda em nossos dias comentamos a respeito da sabedoria de
Salomão!
Um dos episódios mais comentados a respeito da sabedoria de Salomão é aquele
em que duas mães foram levadas até sua presença, no meio de uma disputa a
respeito de um único recém-nascido, sendo que cada uma alegava ser a mãe da
criança viva e a criança morta seria da outra. O caso era bastante difícil,
pois não havia nenhuma testemunha!
Com muita sabedoria, o rei Salomão propôs que o menino fosse dividido em
duas partes para solucionar o problema. Diante da possibilidade da morte de
seu filho, a verdadeira mãe preferiu entregar o menino à mulher impostora, e
isto fez com que Salomão julgasse aquela causa de forma impecável,
entregando o filho para a mãe de fato, aquela que preferia perder a guarda
do filho para mantê-lo vivo!
A sabedoria do rei Salomão também pode ser percebida em toda literatura que
ele produziu, composta de milhares de provérbios e cânticos (1 Reis
4.29-34). A profundidade de seus provérbios, bem como a simplicidade
explicativa, impressionam, de modo que a Bíblia relata que ele discorreu
sobre as árvores, os animais, as aves, os répteis e os peixes (1 Reis 4.33),
permitindo comparações que poderiam ser facilmente entendidas, muitas vezes
com coisas do dia a dia das pessoas!
Entre os livros da Bíblia, é atribuído a Salomão a autoria de uma grande
parte do livro de Provérbios, bem como Eclesiastes e Cântico dos Cânticos,
também chamado de Cantares de Salomão e os Salmos 72 e 127.
Além dos relatos bíblicos, muitas lendas e documentos da antiguidade se
referem a espetacular sabedoria de Salomão, demonstrando que as histórias
reveladas na Bíblia encontram eco tanto em outros textos daquele tempo como
nas escavações arqueológicas atuais, confirmando muitas coisas!
A Bíblia diz que a sabedoria de Salomão impressionava de tal modo que vinham
pessoas de todos os povos e de todos os reinos da terra para ouvir de sua
sabedoria (1 Reis 4.34). Uma dessas visitas foi feita pela rainha de Sabá,
que “veio dos confins da terra” para poder ouvir pessoalmente a sabedoria do
rei Salomão (2 Crônicas 9.1-12, 1 Reis 10.1-13 e Mateus 12.42).
A rainha de Sabá fez muitas perguntas e enigmas a Salomão, e o rei respondeu
inteligentemente a todos os questionamentos feitos por ela, deixando-a
completamente impressionada (1 Reis 10.8). Na ocasião, a rainha de Sabá
presenteou o rei Salomão com muitos presentes, além de 120 talentos de ouro
(1 Reis 10.8-10). E Salomão retribuiu os presentes (1 Reis 10.13), mostrando
claramente a prosperidade de seu reino.
Muitas pessoas comentam que no fim da vida Salomão se rendeu a erros, muitos
por conta da influência de suas muitas esposas, que vieram de lugares
variados, com culturas e experiências religiosas diferentes. E sim, há quem
questione a possibilidade de salvação de Salomão por conta disso!
Confesso que não me sinto nenhum pouco tranquilo com esse tipo de
preocupação, e não me sinto em relação a qualquer pessoa! A salvação é
pessoal e algo que o Senhor dá! No Antigo Testamento, diante da forma como a
pessoa vivia em obediência aos preceitos da Lei e no Novo Testamento, de
GRAÇA, através de Jesus!
Logo, definir a possibilidade ou não de salvação de alguém não faz parte da
minha forma de agir ou pensar. Essa é uma prerrogativa da "Diretoria" e só o
Senhor pode definir a respeito disso!
Não temos como ter certeza sobre "o momento final". Até um ladrão encontrou
a salvação, mesmo no momento da execução de sua sentença de morte na cruz!
Deveríamos entender claramente que não nos cabe definir quem pode ou não ter
a salvação! Isso é com o Senhor!
O testemunho pode dar indícios de um caminho, mas como escrevi, até mesmo
bem perto da morte a salvação pode chegar a um pecador, contrariando o
testemunho que vimos durante a vida, caso ele seja ruim. Melhor é viver de
acordo com a vontade do Senhor, experimentando desde já essa vida abundante
que o Senhor nos garante, até por não sabermos qual pode ser o momento
final, quer seja da nossa morte ou da volta de Jesus! Mas se até mesmo um
ladrão, no meio da execução de sua pena de morte, pode ser alcançado pela
salvação, deveríamos aprender que não nos cabe definir nada a respeito desse
assunto, deixando tudo para o Senhor!
Claro que há promessas feitas para Salomão e não podem ser desprezadas. Mas
nem seus erros, nem as promessas, podem garantir salvação ou condenação. Não
entre por esse caminho! Deixe isso com o Senhor. Um pecador que nunca deu
bom testemunho pode ganhar no momento final e alguém que viveu dando um
belíssimo testemunho pode perder no mesmo momento final. Não se preocupe com
a possibilidade ou não de salvação dos outros no tocante a definir quem está
ou não salvo e anuncie a Palavra para que todos possam ser alcançados pela
Graça!
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