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Samuel

 

O nome Samuel tem origem no hebraico Shemu'el, que quer dizer literalmente “seu nome é Deus”. O primeiro elemento tem relação com o aramaico shem, shema, shum, que significa “nome”, e o segundo, El, quer dizer “Deus, Senhor”.

Samuel foi um dos maiores líderes do povo de Israel já que ele foi o último e o mais importante dos juízes, como também o primeiro da escola profética (Atos dos Apóstolos 3.24). A história de Samuel revela que ele era considerado a pessoa mais importante desde Moisés nos tempos do Antigo Testamento (cf. Jeremias 15.1).

Samuel era filho de Elcana com Ana. Elcana era um homem da região de Efraim e de linhagem levítica. Tinha o costume de todos os anos ir até Siló para adorar e sacrificar a Deus no Tabernáculo.

Ana, mãe de Samuel, durante um longo tempo permaneceu estéril, uma condição que lhe entristeceu muito. Por não poder gerar filhos, Ana era provocada por Penina, a outra esposa de Elcana. A história se repetia, como já tinha acontecido com Raquel, esposa de Jacó, por exemplo. A infertilidade era considerada uma maldição da parte do Senhor!

Em uma das idas de Elcana até o Tabernáculo, Ana foi junto e rogou ao Senhor que lhe desse um filho e fez um voto: entregaria esse filho ao Senhor, para ser um nazireu de Deus (1 Samuel 1.10ss; cf. Números 6.5). O sacerdote Eli achou que Ana estivesse bêbada e a repreendeu. Mas ela revelou seu pedido ao Senhor e Eli "concordou" com sua oração.

O Senhor ouviu a súplica de Ana, lhe deu um filho, Samuel, e ela cumpriu com seu voto! Depois dele, Ana teve mais outros três filhos e duas filhas (1 Samuel 2.21).

Samuel nasceu num dos períodos mais turbulentos da história dos israelitas, que viviam sob constante opressão e ameaça da parte dos filisteus, e a nação encontrava-se em um terrível declínio espiritual.

Desde sua infância, Samuel serviu no Tabernáculo sob os cuidados do sacerdote Eli. Nessa época ele já usava uma veste sacerdotal e um éfode de linho (1 Samuel 2.18).

Num tempo em que as visões não eram frequentes (1 Samuel 3.1), o Senhor se manifestava a Samuel desde quando ele era ainda muito jovem. Samuel nem bem entendia e o Senhor se manifestou a ele, com uma revelação acerca da destruição da casa de Eli. Enquanto Samuel crescia, tornava-se evidente que o Senhor era com ele. Assim todo o povo entendeu que Samuel havia sido comissionado como profeta do Senhor (1 Samuel 3.21).

A revelação dada pelo Senhor para Samuel sobre a casa de Eli se confirmou. O povo e a Arca da Aliança foram entregues aos filisteus. Após um intervalo de tempo (1 Samuel 7.2), Samuel aparece na narrativa bíblica conclamando o povo ao arrependimento e a re-dedicação da verdadeira adoração em Israel, abolindo a idolatria. Agindo como agiam os juízes. Inclusive em uma campanha militar vitoriosa contra os filisteus!

A Bíblia não fornece muitas informações sobre a vida familiar de Samuel. Os filhos do profeta Samuel foram colocados como juízes em sua velhice, mas não seguiram seu exemplo e abraçaram a iniquidade. Eles até aceitavam subornos e pervertiam os julgamentos (1 Samuel 8.3).

Diante desse cenário, e sem vislumbrar um possível substituto para Samuel, o povo começou a pedir um rei.

A busca por um rei apenas porque os outros povos também tinham um era errada. O Senhor sempre levantava quem guiasse o povo. Bastava arrependimento e clamor! Mas agora, eles queriam um rei. Definir uma monarquia.

Aquela atitude do povo era uma rejeição direta ao próprio Deus, revelou o Senhor para Samuel quando este não estava tranquilo com aquele pedido (1 Samuel 8.7). Dessa forma, o Senhor autorizou Samuel a atender ao pedido do povo. Samuel ainda tentou alertar acerca do preço que os israelitas teriam de pagar por escolher um rei (1 Samuel 8.11-18), mas o povo queria um rei!

O Senhor revelou para Samuel que ele encontraria um homem e que esse seria o rei. Quando Saul chegou, o Senhor confirmou essa escolha para Samuel.

Apesar de Saul ser um homem valente, corajoso, de boa aparência, com certos dons carismáticos para a liderança, foi incapaz de discernir e valorizar o que era espiritual. Ele advogou para si privilégios sacerdotais ao oferecer pessoalmente sacrifícios. Depois ele violou as coisas consagradas ao Senhor e desobedeceu a ordem divina na ocasião da vitória sobre os amalequitas (1 Samuel 13.9-15).

Diante de tudo isso, Samuel anunciou que Saul havia sido rejeitado como rei de Israel (1 Samuel 15.26-28). Então o Senhor deu instruções a Samuel acerca da sucessão no trono de Israel.

Samuel, diante da rejeição de Saul por parte do Senhor, foi enviado à casa de Jessé, onde segundo a direção do Senhor, ungiu Davi como o novo rei de Israel.

O episódio da unção de Davi demonstra com clareza a importância de Samuel em Israel. Os anciãos de Belém tremiam diante de sua presença. Eles reconheciam a autoridade da parte do Senhor que estava sobre a vida de Samuel (1 Samuel 16.4).

A unção de Davi foi o último ato oficial de Samuel registrado na Bíblia. Depois disso, Samuel aparece uma última vez em Ramá, na “casa dos profetas”, presidindo sobre eles. Naquela ocasião Davi lhe procurou ao fugir de Saul (1 Samuel 19.18-24). Depois disso, nada mais é dito sobre a vida de Samuel. Temos, ainda, um versículo que fala de sua morte (1 Samuel 25:1) e um segundo que cita que ele já tinha morrido, sido pranteado e enterrado (1 Samuel 28.3).

Samuel morreu e foi sepultado em Ramá, e houve grande lamento entre o povo. Isso demonstra que a reputação de Samuel permaneceu limpa até o fim de sua vida. Sua morte aconteceu antes mesmo de Davi, a quem ungira como rei, assumir oficialmente o trono de Israel, pois Saul seguiu reinando, depois desse ato, até sua morte em batalha e Davi, por um tempo, foi fugitivo.

O profeta Samuel foi uma das pessoas mais importantes da história de Israel, e uma figura notável do Antigo Testamento. Foi o primeiro de uma tradição profética em Israel, o último dos juízes e aquele que ungiu os dois primeiros reis da nação. Seu exemplo de fé atravessou os séculos, e por isso ele é mencionado pelo escritor de Hebreus entre os heróis da fé (Hebreus 11.32).

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