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Ulrico Zwínglio
Ulrico Zwíglio nasceu em uma pequena aldeia na Suíça em janeiro de 1484, sendo poucos meses mais novo que Martilho Lutero. Seu pai era magistrado e sua família tinha uma boa posição social.
Depois de receber as primeiras instruções nas letras através de seu tio, estudou em escolas importantes de sua época, em Basiléia e Berna. Estudou ainda na Universidade de Viena.
Em 1504, graduou-se Bacharel em Artes e em 1506, Mestre. Nesse mesmo ano tornou-se padre, mas por conta do humanismo que era forte em seu tempo, preocupava-se muito mais com a religiosidade intelectual do que espiritual.
Participou de campanhas pela Itália e obteve sucesso na primeira. Mas na segunda, teve contato com a derrota e com as suas conseqüências, o que levou Zwínglio a entender que as guerras em seu tempo destruíam a fibra moral da sociedade.
A partir de 1520 a sua história teria uma mudança: teve uma profunda experiência espiritual e passou a pregar algum tempo depois com base nas Escrituras, deixando de lado muitas das coisas do pensamento humanista de seus dias. O próprio Papa da época, Adriano VI, proibiu-o de pregar, por conta da profundidade de seus sermões e que deixavam de lado muitas coisas da própria tradição católica, como a ingestão de certos tipos de alimento durante a quaresma e a questão do celibato. Mas, com o apoio do governo local, Zwínglio pôde continuar pregando.
Diante desse quadro, Zwínglio seguiu com uma reforma que se preocupava em restaurar a fé e as práticas bíblica. Isso queria dizer: se algo não estivesse explicitamente nas Escrituras, não deveria ser considerado. Alguns exageros, entendemos, foram cometidos, como abolir o uso dos órgãos nas igrejas, já que esse instrumento não apareceria na Bíblia.
Fora isso, a ceia passou a ser oferecida em ambas as espécies, muitos sacerdotes, monges e freiras se casaram e foi estabelecido um sistema educacional público sem distinção de classes.
Em 1525 ele se casou com uma viúva chamada Ana Reinhard e tudo indica que neste ano Zurique assumiu como religião oficial o protestantismo e, conseqüentemente, Zwínglio também. Mas a Suíça de Zwínglio era muito dividida ainda e havia batalhas entre os Protestantes e os Católicos.
Durante uma dessas batalhas, Zwínglio morreu em outubro de 1531. Pouco mais de um mês depois de sua morte, um tratado de paz foi assinado. Com ele, protestantes e católicos poderiam seguir em suas crenças, mesmo que naquele tempo fosse ainda necessário "dividir" o país em partes católicas e protestantes.
Para ler mais sobre Zwínglio e sobre seus estudos, recomendo o livro Uma História Ilustrada do Cristianismo, Volume 6 –A Era dos Reformadores – capítulo 5, de Justo L. GONZÁLES, que usei em grande parte para a elaboração do presente texto.
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